Prece, para Grande Mãe Tríplice.

>> terça-feira, 22 de novembro de 2011




Nossa Senhora da Lua, rainha do encantamento,
e feiticeira poderosa da meia-noite,
Oh, deusa das profundezas do mais sombrio dos tempos,
Diana, ìsis, Tanith, Artêmis,
Seu poder invocamos para aqui nos ajudar!
Sua Lua deixa exposto um espelho mágico no espaço,
Refletindo uma luz mística sobre a Terra,
E todos os meses sua imagem tripla brilha,
Senhora da Magia, comandante das marés
Das coisas visíveis e invisíveis; que faz girar todos os elos
Do nascimento, da morte e do destino; Oh, deusa do passado,
Mais próxima a nós com suas luzes do céu, sobre todos
Cujos ombros a natureza é exaltada , com amplitude
E mistério, até os reinos mais distantes do desconhecido.
Seu poder invocamos para aqui nos ajudar!
Oh, deusa da luz de prata, que brilha
Em raios de magia no meio das clareiras das florestas mais profundas,
E sobre as montanhas sagradas e encantadas
No calar da meia-noite, quando as bruxas lançam seus feitiços,
Quando os espíritos caminham, e coisas estranhas perambulam;
Através do caldeirão de sua inspiração,
Deusa das três formas, invocamos vossa triplicidade;
Seu poder invocamos para aqui nos ajudar.

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Orando para a Deusa.

>> segunda-feira, 24 de outubro de 2011





ORAÇÃO A SENHORA DOS QUATRO ELEMENTOS




A Sua Arte, Senhora, veio à luz.

Quem poderá escapar de seu poder?

Sua forma é um eterno mistério;

Sua presença paira sobre as terras quentes.

Os mares te obedecem,

As tempestades se acalmam.

A sua vontade detém o dilúvio.

E eu, tua pequena criatura,

Faço a saudação:Minha Grande Rainha,

Minha Grande Mãe!

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Ritual da Espada Interior.





Ritual


A Espada Interior -


Hoje é dia de levantar sua espada

interior e lutar por aquilo que quer.

Feche os olhos e imagine-se diante

de sua espada, encravada em uma pedra.

Peça a presença de sua Mãe Interior

para que a ajude a retirá-la da pedra

(que são os seus medos).

Faça isso, abra os olhos e acredite.

É hora de fazer aquilo que há muito

queria, sua espada interior é invencível.



Desconheço a autoria.

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Poema para Yule.

>> sábado, 13 de agosto de 2011





Uma Senhora
carrega seu filho nos braços
atravessa a noite escura
caminha serena
nada teme
sempre avança
pela floresta
pelos campos
montanhas
e pela alma
de seus protegidos
ela vem suave
trazer a luz de seu pequeno filho
para aqueles que creem no amor supremo
dedicado às criaturas
por seus criadores
é uma caminhada em círculo
que se eleva

e pelo coração
nos carrega ao alto da sacralidade
uma Senhora caminha
por trilhas escuras
caminha segura
e leva nos braços
seu maior amor
para doar
à todos aqueles
que aceitar o presente iluminado.....
Que venha o Yule no meu,
no teu coração....
que venha a névoa,
o frio....o gelo....a neve.....
que venha o que vier
a luz do pequeno aquece
sustenta, acende....
quem tem olhos de ver
e coração de sentir....
andemos pois...
andemos a roda
e sejamos sempre abençoados....
pela eternidade.....

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13 de agosto, dia sagrado a Hécate.




Ah! Senhora Senhora...sábia Anciã
mãe de meus dias escuros
nos dê tua proteção
por esses caminhos de trevas
nessas encruzilhadas da vida
na imensidão das noites
tenha misericórdia
de nossos passos perdidos
de nossa falta de visão
nossos medos
nossa pequena condição humana

Oh! Senhora...venho à ti
na noite sagrada
sob o luar da Dama Branca
que cintila no céu
as estradas estão iluminadas
e belo parece o caminho
mas só seu manto
e o olhar atento de Cérbero
pode nos trazer a segurança do andar
nos abençoe, digna Senhora
nos abençoe......divina Hécate!

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Banhos MágicosTerapêuticos.

>> terça-feira, 7 de junho de 2011



BANHO PARA FORTALECIMENTO DA AURA



03 rosas brancas (usar apenas as pétalas) ou

03 rosas brancas de jardim (conhecida como rosinha de Santa Rita),

03 folhas de boldo

03 folhas de hortelã

01 galho de alecrim

01 galho de arruda

03 folhas de guiné

01 galho de manjericão


Caso você compre ervas secas, colocar respectivamente 01 ou 03 punhados de cada erva.

Coloque tudo dentro de uma panela com 02 litros de água e deixe ferver por 03 minutos. Desligar e tampar por alguns minutos. Depois coe e após seu banho normal, faça esse banho do pescoço pra baixo.

Durante o banho, faça suas orações e energize-se de pensamentos positivos, encontrando seu exterior com o seu interior.

As ervas coadas, devem ser recolhidas e entregues em locais apropriados; como: vasos grandes de plantas, jardins ou mata, mas nunca no lixo e nem nas ruas.

Não se deve deixar que outras pessoas preparem seu banho. A cada ato no preparo ele vai ganhando vibrações e energias, que você direciona de forma positiva para o objetivo que almeja. Esse banho deverá ser feito sempre na sexta-feira.

Acredite em você.

Fortaleça sua aura (campo magnético que cobre a matéria).

Trabalhe consigo mesmo, e seus caminhos serão mais iluminados!

Só depende de você!

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O Sabá das Feiticeiras, reportagem da revista Planeta/2000. Parte I

>> segunda-feira, 6 de junho de 2011



O sabá das feiticeiras


Por Paulo Urban (*)Publicado na Revista Planeta nº 346 / julho 2000



Predicadas pelo estranho 13, as sextas-feiras, noites de sabá, impõem maior respeito ao imaginário popular; se a noite for de lua cheia então...

A sexta-feira é 13. Muita gente tem medo dela! Seu nome sugere feitiçaria e, para muitos, sua ocorrência no calendário é prenúncio do azar. Toda sexta-feira, entretanto, acha-se associada à idéia do Sabá, como ficou conhecido a partir da época medieval o festim em que as bruxas reunidas banqueteiam em presença do Demônio. Também às sextas, à luz da lua cheia, os amaldiçoados lobisomens se transformam, e os vampiros propalam-se em vôo sedento de sangue à procura de suas vítimas.


Mas, e quanto ao maldito número 13? É o número da morte, do azar, do mau agouro, dizem alguns. Para outros, contradizendo, pode simbolizar a sorte por trazer em si as transformações, visto que o 13 representa o rompimento dos limites, a quebra dos padrões estatutários impostos pelo 12. Expliquemos melhor. O 12 expressa as coisas inteiras, os sistemas fechados e completos. Observe-se que são 12 os meses do ano, as horas do dia e da noite; também o número de deuses do Olimpo e de constelações e signos do zodíaco; e 12 são as notas musicais, tons e semitons. Já o 13 é aquele que ultrapassa a ordem conhecida das coisas, promove a revolução do novo, e se intromete em nosso mundo de modo a perturbar nossa aparente sensação de segurança, advinda da ordinária dimensão à qual estamos acostumados. Associado ao jogo, às vicissitudes da vida, igualmente à sorte e ao azar, o 13 ainda compõe o número de cartas de cada um dos 4 naipes dos baralhos comuns. E eram 12 os apóstolos presentes à última ceia de Cristo, de onde se criou a superstição medieval de que quando 13 se reúnem à mesa para comer, um em breve irá morrer.


Predicadas pelo estranho 13, as sextas-feiras, noites de sabá, impõem maior respeito ao imaginário popular; se a noite for de lua cheia então...

Na mitologia assírio-babilônica, data-se além de 8 mil anos a crença de que Isthar, a lua, tornava-se indisposta a cada plenilúnio, quando então se observava o sabattu, período de recolhimento dos homens em respeito à Grande Deusa. Veja-se que provém da antigüidade mais remota o útil conselho dado aos maridos para que estes não provoquem suas mulheres em fase pré-menstrual. Durante a indisposição de Isthar, guardava-se o sábado, que primitivamente era mensal, dia considerado nefasto, no qual não se autorizava qualquer tipo de trabalho, nem viajar ou cozinhar alimentos. Com a percepção de que Isthar apresentava fases cíclicas, crescente, cheia, minguante e nova, a cada 7 dias renovadas, a prática do sabattu estendeu-se a todas as semanas de modo a demarcar sempre o último dia da semana.


Sábado, em português, vem do latim sabbatum, que, por sua vez foi emprestado do grego sábbaton. Este, seria proveniente do hebraico sahabbat, que, etimologicamente, deriva do verbo sabat (parar). Outras fontes o extraem de seba (sete), ou o tomam como corruptela do termo sabi'at (sétimo dia). Tenhamos em conta ainda que o hebraico sabbat guarda enorme semelhança com sapatu, que em dialeto árcade primevo significava "parada, descanso", também "sono da lua". Nesse caso, o termo hebraico seria originário do grego, ao contrário da primeira hipótese.

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O Sabá das Feiticeiras, reportagem da revista Planeta/2000. Parte II



Em meio às divergências semânticas, muitos acreditam que a Igreja, em sua obstinada caça às bruxas, tenha julgado conveniente escolher um nome da tradição judaica, especificamente aquele que denota o período de oração que se inicia ao pôr do sol das sextas-feiras, para nomear o conclave das feiticeiras. Agindo assim, transformaria judeus, bruxas e demais hereges, inimigos comuns da fé cristã, em gatos de um mesmo saco. Além disso, no início das perseguições, denominava-se "sinagoga" o local escondido nas florestas destinado à reunião das bruxas.


Pesquisando mais profundamente encontramos o termo grego sabbathéos, literalmente "o sabá divino", relacionado às sabátidas, festas dedicadas a Sabácio, divindade agrícola conhecida na Trácia e na Frígia, com atributos similares aos de Dionísio, ainda que não tão popularizada quanto este. As sabátidas já ocorriam anteriormente a Moisés e ao judaísmo; e a seu deus eram consagrados o trigo e a cevada, da qual se fermentava uma bebida inebriante, servida aos presentes.


Sabácio era representado com chifres na cabeça, semelhante a Dionísio, também chamado Deus-cabrito. Pan e Príapo eram igualmente cultuados nas sabátidas, e representavam-se pela figura de faunos ou bodes, senão pelo falo que os substituía, espécie de bastão que todos traziam à reunião, invariavelmente noturna, na qual banqueteavam os convivas, sentados no chão sobre peles de animais caprinos, com as quais também se cobriam encarnando seu comportamento e imitando seus berros. Neste culto agrário, uma virgem nua, símbolo da fertilidade, em alusão à Demeter (a Mãe Terra), deitava-se sobre a mesa ritualística e recebia sobre o ventre as oferendas, geralmente o trigo e a cerveja, sendo ela própria após o banquete oferecida à divindade caprina dona da festa, sempre encarnada por um sacerdote com máscara de chifres, vestido com pele de cabra, assim como os demais presentes. Após o gozo do mestre, e enlevados pela bebida, misturavam-se todos não importando o sexo, "fecundando-se" mutuamente. Ao final da festa, semelhantemente às Bacanais, invocava-se o raio, talvez alusão ao mito dionisíaco, posto que esta divindade antes de (re)nascer da coxa de Zeus fora fulminada e esquartejada por raios dos Titãs. Também a desvirginada do altar arrancava com sua boca a cabeça de um sapo, e a cuspia ao chão, em alusão às Mênades possessas que dilaceravam os animais conforme descreveu Eurípedes de modo perturbador nas Baccantes. Estes eram os originais pagãos, cujas festas celebravam no pago, isto é, no próprio povoado, geralmente nos campos de suas comunidades.

Qual a ligação desta festa com o sabá das feiticeiras? Entendamos a questão. A Igreja, já no ano de 360, no sínodo de Elvira, admitia a existência dos poderes mágicos, que seriam decorrentes de pactos com o demônio, e negava a comunhão, mesmo à hora da morte, para os que caíssem em tal tentação. Até o século XI, a Santa Sé diferenciava os seres maléficos, devotados aos sortilégios, aos encantamentos por bonecos de cera, aos filtros e maus-olhados, das strigae, demônios femininos que sob a forma de pássaro se alimentavam de recém-nascidos. Strega, bruxa em italiano, deriva-se daí, e em português temos igualmente o termo estrige; ambos oriundos da raiz latina strix, a significar coruja, pássaro noturno ou qualquer outra ave de rapina. Um século antes, o monge Regino de Prün dizia que voar à noite com a deusa Diana não podia ser algo real, senão mera ilusão provocada pelo Demônio.


Mas foi durante o século XII que se difundiu mais rapidamente a idéia do sabá, reunião noturna das sextas-feiras, à qual compareciam as bruxas voando em suas vassouras, cavalgando seus bodes, ou mesmo transformadas sob a forma de pássaros. Para que pudessem voar, untavam seus corpos com uma poção mágica por elas preparada; e na cerimônia, iniciada à meia-noite, entregavam-se a orgias e ao Demônio.

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O Sabá das Feiticeiras, reportagem da revista Planeta/2000. Parte III



Somente em 1250 é que alguns bispos entregam ao dominicano Étienne de Bourbon a primeira descrição do sabá. Oito anos depois iniciam-se os processos por feitiçaria, e só no ano de 1275, após várias condenações, uma primeira acusada é morta na fogueira. O próprio São Tomás de Aquino (1225-1274), expoente da escolástica, declara ser possível a união carnal com Satanás. "Tudo o que acontece por via natural, o diabo pode imitar!", afirmou.

Em 1318, o bispo de Cahors é condenado à fogueira sob acusação de haver tramado magicamente contra o Papa João XXII, por encantamento com boneco de cera, do qual a história tem relatos semelhantes desde 2500a.C. O poeta Virgílio (70-19a.C.) também fez referência à mesma prática. Em 1398 será a vez da Universidade de Paris reforçar a tese da união sexual entre as bruxas e o demônio, e em 1424 o monge Bernardino de Siena (1380-1444) prega contra as artes mágicas em Roma. Em 1465, curioso fato, é condenado à fogueira o prior da ordem dos Servitas, dono de um bordel, acusado não de empreender qualquer tipo de negócio ilícito, mas sim porque eram súcubos (demônios sob a forma feminina) quem ele oferecia aos que visitavam sua casa de prazeres.


Até esse momento, no entanto, os processos só eventualmente levavam à pena capital. Embora houvesse campanhas da Igreja contra hereges e pagãos, nenhuma caça sistematizada às bruxas existia. Tanto é que os carmelitas, em 1474, de seu púlpito, arriscavam-se a prever o futuro durante as missas, e o diziam fazer com auxílio dos demônios. Só com a reiterada insistência de dominicanos alemães é que o Papa Inocêncio VIII, em 5 de dezembro de 1484, publica a bula Summis Desiderantes Affectibus ("Desejando com Suma Ansiedade"), que espalharia o terror pelo continente:


"...tem chegado recentemente a nossos ouvidos que em certas regiões da Alemanha setentrional [...] nas dioceses de Mainz, Colônia, Trier, Salzburgo e Brêmen, muitas pessoas de ambos os sexos, esquecendo-se de sua própria salvação e apartando-se da Fé Católica, têm mantido relações com os demônios [...] por meio de encantamentos, feitiços, conjuros e outras superstições malditas..."


Confirmada pelo imperador Maximiliano I, o Papa designa para executar a bula, a começar pelo país reclamante, os monges Heinrich Institor e Jacob Sprengher. Este último, deão da Universidade de Colônia, publicaria dali a dois anos, com Heinrich Kramer, prior de Salzburgo, a mais importante obra sobre demonologia da história, o temível Malleus Malleficarum ("O Martelo das Bruxas"), fonte de inspiração para todos os tratados posteriores.

O "Malleus", código atroz contra as artes negras de magia, mais do que a bula papal, peremptoriamente abriu as portas para o rolo compressor da santa histeria em que se transformou a Inquisição. Sua intenção era pôr em prática a ordem do Êxodo, 22;17: "A feiticeira, não a deixarás com vida".


O "Martelo das Bruxas" dividia-se em três partes. A primeira discursava aos juízes, ensinando-os a reconhecer as bruxas em seus múltiplos disfarces e atitudes. A segunda expunha todos os tipos de malefícios, classificando-os e explicando-os. A terceira regrava as formalidades para agir "legalmente" contra as bruxas, demonstrando como inquiri-las para sempre condená-las.

O processo era cruel. Levava-se ao tribunal qualquer um que fosse suspeito de feitiçaria. Bastavam três testemunhas para que juntas servissem como "prova" dos autos. Os filhos podiam entregar seus pais; os cônjuges podiam delatar-se mutuamente. Por meio de tortura obtinham-se as confissões. Os réus eram ainda submetidos às provas ordálicas; nestas, qualquer mancha escura na pele do acusado serviria como prova do pacto com o Demônio. A insensibilidade à dor em qualquer parte do corpo também era indício de feitiçaria; ademais, amarravam-se os suspeitos em cruz sobre madeiras, e os atiravam nalgum rio. Se o acusado não afundasse, estava aí a prova de que o Diabo o protegia, razão pela qual era entregue à fogueira; caso se afogasse, estaria antecipada a justiça divina.

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O Sabá das Feiticeiras,Reportagem da revista Planeta/2000. Parte IV


Extraíam-se assim as mais absurdas confissões, incluindo transformações dos envolvidos em cisnes negros, gatos ou lobos; também suas sevícias trocadas com Satanás.

Na Alemanha, onde nascera o terror, os números não deixam dúvidas do empenho inquisitorial: 45 feiticeiras queimadas num só ano em Colônia; em Salzburgo, 79; 300, em 3 anos, na Província de Babemberg; quase mil em Wuerzburgo; e mais de 6.500 em Trier!

Um curioso episódio merece ser contado. Três mulheres incriminavam um homem perante o implacável Sprengher, de ele lhes ter lançado um mau-olhado, posto que, ao mesmo tempo haviam sentido um arrepio quando estava perto delas somente o tal rapaz. O acusado jurava por todos os santos ser inocente; mas em vão. Por fim, sentenciado à fogueira, sua memória clareou; disse ser mesmo verdade, pois agora se lembrava de que na hora em que lhe atribuíam o mal feito ele de fato expulsara aos chutes três gatas pardas que haviam sorrateiramente entrado em sua casa. Sprengher, meritíssimo esclarecido, compreendeu então o fato; mandou libertar o pobre homem e levou à fogueira as acusantes.


Com o terror espalhado, o fantasioso distorcia a realidade. Mulheres histéricas, convencidas de sua culpa, muitas vezes aceitavam resignadas sua condenação à fogueira. Há casos de senhoras maiores de 80 anos confessando em detalhes como haviam sido violentadas pelo demônio. Em várias cidades as escolas são fechadas, posto que serviam às crianças para que trocassem entre si conhecimentos mágicos proibidos.


Em que pese a histeria disseminada no bojo do horror da Inquisição, algo resta acima de qualquer dúvida: os relatos do sabá tomados por confissão na Alemanha, em nada diferiam dos que eram detalhados pelas bruxas suíças, francesas, italianas, espanholas ou portuguesas. Na Inglaterra, onde a forca era quem esperava os hereges, os relatos são quase idênticos. Onde quer que se prendessem as bruxas, as confissões acerca do sabá traziam curiosa coincidência, que não poderia ter sido mera obra do acaso. Se por um lado os Tribunais forçavam seus réus a mentiras e falsas confissões que os incriminassem, por outro, havia de fato uma cultura pura, não cristã, ou cristã divergente da moral católica, que nem se importara muito com a Igreja até esta resolver deitar sua rede de holocausto sobre os povos pagãos, como os cátaros albingenses e os valdenses no sul da França, por exemplo, dentre outras tantas minorias germânicas que, massacradas pela Inquisição, refugiaram-se em terras nórdicas.


Sobre o rito do sabá das feiticeiras, concluíram os Tribunais: uma bruxa servia sempre de altar. A seu lado, uma figura de madeira, com chifres, representava o bode, ou Satanás. As estriges chegavam "voando" sobre suas vassouras, isto é, com o falo em suas mãos e por entre as pernas. Havia um banquete, durante o qual corria uma poção mágica, sempre uma beberagem excitante, a qual predispunha os participantes ao sexo sem critério. Era feita então a oferenda ao Diabo, geralmente alimento e bebida; apresentava-se a hóstia negra; consagrava-se o último morto e o último nascido na comunidade, já que à Terra voltam os que dela nascem; invocava-se o raio; e por fim dilacerava-se um animal em sacrifício ao Demônio.

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O Sabá das Feiticeiras, reportagem publicada na revista Planeta/2000. Parte V

Ora, parece claro a qual tradição nos reportam os sabás das feiticeiras; nenhuma outra senão a pagã. Algo bem mais antigo e distante do que representa o sabbat dos hebreus. E à Igreja coube a façanha sangrenta de pôr fim a quaisquer resquícios destes rituais, e fez associar a figura até então quase apagada do Demônio às práticas consideradas heréticas. Deturpando os relatos dos que freqüentavam livremente tais cerimônias, interpretando-os como obra demoníaca, reformulou a roupagem dos mitos de fertilidade e inventou o Mal que neles nem havia.



Foram tantos os processos e tão assustador o cenário de vida montado pela Inquisição, que esta não fez senão maior milagre que o de espalhar a fé no Demônio por toda a parte, criando-O para sempre a partir da santa luta que despendeu durante séculos contra Ele. Enquanto o espírito da Renascença revelava sua lucidez e ressuscitava clássicos da filosofia platônica e aristotélica que invadiam o mundo, traduzidos pelos árabes (não cristãos, evidentemente), a religião cristã sadicamente se divertia em sua cruzada insana contra as bruxas. Numa época em que as artes progrediam, e as Universidades se firmavam, o Demônio crescia para o mundo quanto mais a Igreja lançava almas ao fogo de seu abismo.



Lentamente extinguir-se-ão as fogueiras...a última condenação teve lugar em 1793; e no México a Inquisição fecharia suas portas somente um século mais tarde.



Nem as ciências, nem a medicina ou psicologia estavam desenvolvidas durante a "caça às bruxas" de modo a impedir este fenômeno hediondo, fruto da superstição cristã.



Hoje, os tempos são outros; a Igreja perdeu a hegemonia, sofreu crises, e colheu bem os frutos que plantou. É sempre assim! E eu, sem receio de ser guardado num cinzeiro, escrevo o que bem entendo sobre o sabá das feiticeiras. Conheço até algumas amigas que se dizem bruxas; mais que isso, duas delas freqüentam as missas de domingo. Mesmo quando caem numa semana de Sexta-feira 13!


* Dr. Paulo Urban é médico psiquiatra, criador da abordagem terapêutica, a Psicoterapia do Encantamento

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Pentagrama na história, parte I




O Pentagrama


Desde os primórdios da humanidade, o ser humano sempre se sentiu envolto por forças superiores e trocas energéticas que nem sempre soube identificar. Sujeito a perigos e riscos, teve a necessidade de captar forças benéficas para se proteger de seus inimigos e das vibrações maléficas. Foi em busca de imagens, objetos, e criou símbolos para poder entrar em sintonia com energias superiores e ir ao encontro de alguma forma de proteção.


Dentre estes inúmeros símbolos criados pelo homem, se destaca o pentagrama, que evoca uma simbologia múltipla, sempre fundamentada no número 5, que exprime a união dos desiguais. As cinco pontas do pentagrama põem em acordo, numa união fecunda, o 3, que significa o principio masculino, e o 2, que corresponde ao princípio feminino. Ele simboliza, então, o andrógino. O pentagrama sempre esteve associado com o mistério e a magia. Ele é a forma mais simples de estrela, que deve ser traçada com uma única linha, sendo conseqüentemente chamado de "Laço Infinito".


A potência e associações do pentagrama evoluíram ao longo da história. Hoje é um símbolo onipresente entre os neopagãos, com muita profundidade mágica e grande significado simbólico. Um de seus mais antigos usos se encontra na Mesopotâmia, onde a figura do pentagrama aparecia em inscrições reais e simbolizava o poder imperial que se estendia "aos quatro cantos do mundo". Entre os Hebreus, o símbolo foi designado como a Verdade, para os cinco livros do Pentateuco (os cinco livros do Velho Testamento, atribuídos a Moisés). Às vezes é incorretamente chamado de "Selo de Salomão", sendo, entretanto, usado em paralelo com o Hexagrama.


Na Grécia Antiga, era conhecido como Pentalpha, geometricamente composto de cinco As.


Pitágoras, filósofo e matemático grego, grande místico e moralista, iniciado nos grandes mistérios, percorreu o mundo nas suas viagens e, em decorrência, se encontram possíveis explicações para a presença do pentagrama, no Egito, na Caldéia e nas terras ao redor da Índia. A geometria do pentagrama e suas associações metafísicas foram exploradas pelos pitagóricos, que o consideravam um emblema de perfeição. A geometria do pentagrama ficou conhecida como "A Proporção Dourada", que ao longo da arte pós-helênica, pôde ser observada nos projetos de alguns templos.



Para os agnósticos, era o pentagrama a "Estrela Ardente" e, como a Lua crescente, um símbolo relacionado à magia e aos mistérios do céu noturno. Para os druidas, era um símbolo divino e, no Egito, era o símbolo do útero da terra, guardando uma relação simbólica com o conceito da forma da pirâmide. Os celtas pagãos atribuíam o símbolo do pentagrama à Deusa Morrigan.

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Pentagrama na história, parte II




Os primeiros cristãos relacionavam o pentagrama às cinco chagas de Cristo e, desde então, até os tempos medievais, era um símbolo cristão. Antes da Inquisição não havia nenhuma associação maligna ao pentagrama; pelo contrário, era a representação da verdade implícita, do misticismo religioso e do trabalho do Criador.
O imperador Constantino I, depois de ganhar a ajuda da Igreja Cristã na posse militar e religiosa do Império Romano em 312 d.C., usou o pentagrama junto com o símbolo de chi-rho (uma forma simbólica da cruz), como seu selo e amuleto. Tanto na celebração anual da Epifânia, que comemora a visita dos três Reis Magos ao menino Jesus, assim como também a missão da Igreja de levar a verdade aos gentios, tiveram como símbolo o pentagrama, embora em tempos mais recentes este símbolo tenha sido mudado, como reação ao uso neopagão do pentagrama.



Em tempos medievais, o "Laço Infinito" era o símbolo da verdade e da proteção contra demônios. Era usado como um amuleto de proteção pessoal e guardião de portas e janelas. Os Templários, uma ordem militar de monges formada durante as Cruzadas, ganharam grande riqueza e proeminência através das doações de todos aqueles que se juntavam à ordem, e amealhou também grandes tesouros trazidos da Terra Santa. Na localização do centro da "Ordem dos Templários", ao redor de Rennes du Chatres, na França, é notável observar um pentagrama natural, quase perfeito, formado pelas montanhas que medem vários quilômetros ao redor do centro.



Há grande evidência da criação de outros alinhamentos geométricos exatos de Pentagramas como também de um Hexagrama, centrados nesse pentagrama natural, na localização de numerosas capelas e santuários nessa área. Está claro, no que sobrou das construções dos Templários, que os arquitetos e pedreiros associados à poderosa ordem conheciam muito bem a geometria do pentagrama e a "Proporção Dourada", incorporando aquele misticismo aos seus projetos.



Entretanto, a "Ordem dos Templários" foi inteiramente dizimada, vítima da avareza da Igreja e de Luiz IX, religioso fanático da França, em 1.303. Iniciaram-se os tempos negros da Inquisição, das torturas e falsos-testemunhos, de purgar e queimar, esparramando-se como a repetição em câmara-lenta da peste negra, por toda a Europa.

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Pentagrama na história, parte III.





Durante o longo período da Inquisição, havia a promulgação de muitas mentiras e acusações em decorrência dos "interesses" da ortodoxia e eliminação de heresias. A Igreja mergulhou por um longo período no mesmo diabolismo ao qual buscou se opor. O pentagrama foi visto, então, como simbolizando a cabeça de um bode ou o diabo, na forma de Baphomet, e era Baphomet quem a Inquisição acusou os Templários de adorar. Também, por esse tempo, envenenar como meio de assassinato entrou em evidência. Ervas potentes e drogas trazidas do leste durante as Cruzadas, entraram na farmacopéia dos curandeiros, dos sábios e das bruxas.



Curas, mortes e mistérios desviaram a atenção dos dominicanos da Inquisição, dos hereges cristãos, para as bruxas pagãs e para os sábios, que tinham o conhecimento e o poder do uso dessas drogas e venenos. Durante a purgação das bruxas, outro deus cornudo, como Pan, chegou a ser comparado com o diabo (um conceito cristão) e o pentagrama - popular símbolo de segurança - pela primeira vez na história, foi associado ao mal e chamado "Pé da Bruxa". As velhas religiões e seus símbolos caíram na clandestinidade por medo da perseguição da Igreja e lá ficaram definhando gradualmente, durante séculos. As sociedades secretas de artesãos e eruditos, que durante a inquisição viveram uma verdadeira paranóia, realizando seus estudos longe dos olhos da Igreja, já podiam agora com o fim do período de trevas da Inquisição, trazer à luz o Hermetismo, ciência doutrinária ligada ao agnosticismo surgida no Egito, atribuída ao deus Thot, chamado pelos gregos de Hermes Trismegisto, e formada principalmente pela associação de elementos doutrinários orientais e neoplatônicos. Cristalizou-se, então, um ensinamento secreto em que se misturavam filosofia e alquimia, ciência oculta da arte de transmutar metais em ouro. O simbolismo gráfico e geométrico floresceu, se tornou importante e, finalmente, o período do Renascimento emergiu, dando início a uma era de luz e desenvolvimento.



Um novo conceito de mundo pôde ser passado para a Europa renascida, onde o pentagrama (representação do número cinco), significava agora o microcosmo, símbolo do Homem Pitagórico que aparece como uma figura humana de braços e pernas abertas, parecendo estar disposto em cinco partes em forma de cruz; o Homem Individual. A mesma representação simbolizava o macrocosmo, o Homem Universal - dois eixos, um vertical e outro horizontal, passando por um mesmo centro. Um símbolo de ordem e de perfeição, da Verdade Divina. Portanto, "o que está em cima é como o que está embaixo", como durante muito tempo já vinha sendo ensinado nas filosofias orientais. O pentagrama pitagórico - que se tornou, na Europa, o de Hermes, gnóstico - já não aparece apenas como um símbolo de conhecimento, mas também como um meio de conjurar e adquirir o poder. Figuras de Pentagramas eram utilizadas pelos magos para exercer seu poder: existiam Pentagramas de amor, de má sorte, etc. No calendário de Tycho Brahe "Naturale Magicum Perpetuum" (1582), novamente aparece a figura do pentagrama com um corpo humano sobreposto, que foi associado aos elementos. Agripa (Henry Cornelius Von de Agripa Nettesheim), contemporâneo de Tycho Brahe, mostra proporcionalmente a mesma figura, colocando em sua volta os cinco planetas e a Lua no ponto central (genitália) da figura humana. Outras ilustrações do mesmo período foram feitas por Leonardo da Vinci, mostrando as relações geométricas do Homem com o Universo. Mais tarde, o pentagrama veio simbolizar a relação da cabeça para os quatro membros e conseqüentemente da pura essência concentrada de qualquer coisa, ou o espírito para os quatro elementos tradicionais: terra, água, ar e fogo - o espírito representado pela quinta essência (a "Quinta Essentia" dos alquimistas e agnósticos).

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Pentagrama na história, parte IV




Na Maçonaria, o homem microcósmico era associado com o Pentalpha (a estrela de cinco pontas). O símbolo era usado entrelaçado e perpendicular ao trono do mestre da loja. As propriedades e estruturas geométricas do "Laço Infinito" foram simbolicamente incorporadas aos 72 graus do Compasso - o emblema maçônico da virtude e do dever. Nenhuma ilustração conhecida associando o pentagrama com o mal aparece até o Século XIX. Eliphas Levi (Alphonse Louis Constant) ilustra o pentagrama vertical do homem microcósmico ao lado de um pentagrama invertido, com a cabeça do bode de Baphomet (figura panteísta e mágica do absoluto). Em decorrência dessa ilustração e justaposição, a figura do pentagrama, foi levada ao conceito do bem e do mal. Contra o racionalismo do Século XVIII, sobreveio uma reação no Século XIX, com o crescimento de um misticismo novo que muito deve à Santa Cabala, tradição antiga do Judaísmo, que relaciona a cosmogonia de Deus e universo à moral e verdades ocultas, e sua relação com o homem.
Não é tanto uma religião mas, sim, um sistema filosófico de compreensão fundamentado num simbolismo numérico e alfabético, relacionando palavras e conceitos. Eliphas Levi foi um expositor profundo da Cabala e instrumentou o caminho para a abertura de diversas lojas de tradição hermética no ocidente: a "Ordem Temporale Orientalis" (OTO), a "Ordem Hermética do Amanhecer Dourado" (Golden Dawn), a "Sociedade Teosófica", os "Rosacruzes", e muitas outras, inclusive as modernas Lojas e tradições da Maçonaria. Levi, entre outras obras, utilizou o Tarot como um poderoso sistema de imagens simbólicas, que se relacionavam de perto com a Cabala. Foi Levi também quem criou o Tetragrammaton - ou seja, o pentagrama com inscrições cabalísticas, que exprime o domínio do espírito sobre os elementos, e é por este signo que se invocavam, em rituais mágicos, os silfos do ar, as salamandras do fogo, as ondinas da água e os gnomos da terra ("Dogma e Ritual da Alta Magia" de Eliphas Levi).

A Golden Dawn, em seu período áureo (de 1888 até o começo da primeira guerra mundial), muito contribuiu para a disseminação das raízes da Cabala Hermética moderna ao redor do mundo e, através de escritos e trabalhos de vários de seus membros, principalmente Aleister Crowley, surgiram algumas das idéias mais importantes da filosofia e da mágica da moderna Cabala. Em torno de 1940, Gerald Gardner adotou o pentagrama vertical, como um símbolo usado em rituais pagãos. Era também o pentagrama desenhado nos altares dos rituais, simbolizando os três aspectos da deusa mais os dois aspectos do deus, nascendo, então, a nova religião de Wicca. Por volta de 1960, o pentagrama retomou força como poderoso talismã, juntamente com o crescente interesse popular em bruxaria e Wicca, e a publicação de muitos livros (incluindo vários romances) sobre o assunto, ocasionando uma decorrente reação da Igreja, preocupada com esta nova força emergente. Um dos aspectos extremos dessa reação foi causado pelo estabelecimento do culto satânico - "A Igreja de Satanás" - por Anton La Vay. Como emblema de sua igreja, La Vay adotou o pentagrama invertido (inspirado na figura de Baphomet de Eliphas Levi). Isso agravou com grande intensidade a reação da Igreja Cristã, que transformou o símbolo sagrado do pentagrama, invertido ou não, em símbolo do diabo. A configuração da estrela de cinco pontas, em posições distintas, trouxe vários conceitos simbólicos para o pentagrama, que foram sendo associados, na mente dos neopagãos, a conceitos de magia branca ou magia negra. Esse fato ocasionou a formação de um forte código de ética de Wicca - que trazia como preceito básico: "Não desejes ou faças ao próximo, o que não quiseres que volte para vós, com três vezes mais força daquela que desejaste." Apesar dos escritos criados para diferenciar o uso do pentagrama pela religião Wicca, das utilizações feitas pelo satanismo, principalmente nos Estados Unidos, onde os cristãos fundamentalistas se tornaram particularmente agressivos a qualquer movimento que envolvesse bruxaria e o símbolo do pentagrama, alguns wiccanianos se colocaram contrários ao uso deste símbolo, como forma de se protegerem contra a discriminação estabelecida por grupos religiosos radicais. Apesar de todas as complexidades ocasionadas através dos diversos usos do pentagrama, ele se tornou firmemente um símbolo indicador de proteção, ocultismo e perfeição. Suas mais variadas formas e associações em muito evoluíram ao longo da história e se mantêm com toda a sua onipresença, significado e simbolismo, até os dias de hoje. O Pentagrama é o símbolo de toda criação mágica. Suas origens estão perdidas no tempo. O pentagrama foi usado por muitos grupos de pessoas aos longo da História como símbolo de poder mágico. O Pentagrama é conhecido com a estrela do microcosmo, ou do pequeno universo, a figura do homem que domina o espírito sobre a matéria, a inteligência sobre os instintos. Na Europa Medieval era conhecido como "Pé de Druida" e como "Pé de Feiticeiro", em outras épocas ficou conhecido como "Cruz dos Goblins". O Pentagrama representa o próprio corpo, os 4 membros e a cabeça. É a representação primordial dos 5 sentidos tanto interiores como exteriores. Além disso, representa os 5 estágios da vida do homem:


Nascimento: o início de tudo



Infância: momento onde o indivíduo cria suas próprias bases



Maturidade: fase da comunhão com as outras pessoas


Velhice: fase de reflexão, momento de maior sabedoria



Morte: tempo do término para um novo início

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Símbolos: O Pentagrama



Pentagrama é o símbolo da Bruxaria. Os Bruxos usam um Pentagrama para representar a sua fé e para se reconhecerem. O Pentagrama é tão importante para um Wiccaniano, assim como uma cruz é importante para um cristão, ou como um Selo de Salomão é importante para um judeu. O Pentagrama representa o homem dentro do círculo, o mais alto símbolo da comunhão total com os Deuses. É o mais alto símbolo da Arte, pois mostra o homem reverenciando a Deusa , já que é a estilização de uma estrela (homem) assentada no círculo da Lua Cheia (Deusa). Cada uma das pontas possui um significado particular:



PONTA 1 - ESPÍRITO: representa os criadores , a Deusa e o Deus, pois eles guiam a nossa vida e nos ajudam na realização dos ritos e trabalhos mágicos. O Deus e a Deusa são detentores dos 4 elementos e estes elementos são as outras 4 pontas.


PONTA 2 - TERRA: representa as forças telúricas e os poderes dos elementais da terra, os Gnomos. É a ponta que simboliza os mistérios, o lado invisível da vida, a força da fertilização e do crescimento.


PONTA 3 - AR: representa as forças aéreas e os poderes dos Silfos. Corresponde à inteligência , ao poder do saber, a força da comunicação e da criatividade.



PONTA 4 - FOGO: representa a energia, a vontade e o poder das Salamandras. Corresponde às mudanças, às transformações. É a força da ativação e da agilidade.


PONTA 5 - ÁGUA: representa as forças aquáticas e aos poderes das Ondinas. Está ligada às emoções, ao entardecer, ao inconsciente. Corresponde às forças da mobilidade e adaptabilidade. Portanto, o Bruxo que detém conhecimento sobre os elementos usa o Pentagrama como símbolo de domínio e poder sobre os mesmos.

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O Rosário da Deusa.

>> terça-feira, 8 de fevereiro de 2011




O Rosário da Deusa


Trabalhando as Nove faces da Deusa.


Também conhecido como Rosário da Deusa. A intenção desta atividade é apresentar a vocês um método diferente e prático de contato e meditação diária com a Deusa. Criar o hábito de meditar aumenta consideravelmente nossa conexão, facilitando o trabalho mágico e o auto-conhecimento, pelo conhecimento das facetas da Deusa e de como Ela age em nossas vidas.

Para realizar tal trabalho, é necessário que tenhamos um Rosário da Deusa, feito de contas coloridas, dispostas de 3 em 3, das seguintes cores:preto, azul, cinza, laranja, amarelo, vermelho, violeta, anil, verde e branco.

A proposta, após ter o rosário é conhecer cada face da Deusa e construir o Templo Interior. Visualiza-se um templo, que tem 3 pátios externos, 3 internos e os últimos 3 são os chamados pátios da sabedoria.



O preto é a cor da Criadora de Tudo. Ela é a origem de tudo o que há, e deve ser vista como uma grande estrela, um coração de luz de imenso poder, que gerou tudo o que existe. Ela traz a noção do Todo. Feche os olhos e imagine a imensidão do cosmos, tenha a noção do Espaço. Ela contém todos os mistérios da Deusa: tempo, espaço e criação. Deusas ligadas a este aspecto são Dannu, Tiamat,Tellus Mater.


- Medite: faça uma lista de palavras cujos atributos lhe sugiram a palavra "Deusa"; que pontos da sua vida estão mais pressionados? Que impulso você necessita para conhecer melhor suas possibilidades? Qual é a base da sua vida?






No azul você encontra a Energizadora, que corresponde ao primeiro Pátio externo. Ela é pura energia sexual e vibração. Ela contém a dádiva da liberdade ilimitada. Ela é ao mesmo tempo loucura, entrega, embriaguez, energia vital. Seu lema é "tudo em excesso". Ela nos impulsiona além dos limites auto-impostos e contra tudo o que nos tolhe. Ela é a Senhora da pura alegria incontida. Seus símbolos são o Arco-íris e o Tambor. Deusas ligadas a este aspecto são Maeve, A Mulher Peyote, Afrodite, Inanna.

- Medite: o que o mantém ativo quando a rotina o sufoca? Que atividades lhe fornecem energia? Que áreas da sua vida precisam ser energizadas? Como vocês e transforma ao ser energizado?



No cinza encontra-se a Medidora, que ocupa o segundo pátio externo. Bem representada pela Deusa Lachesis - uma das três Parcas, Senhoras do Destino, ela mede o fio da vida. Esta face nos fala de nossos limites, pois a liberdade ilimitada é a destruição do individual. Seus símbolos são a Roda e a Roca de Fiar. A medidora contém as funções do correr do tempo e da memória, os ciclos da natureza, as fases da lua. Exemplos de medidoras, além de Lachesis, são as Nornes, Macha, as Horas.

- Medite: Quais os limites definidos na sua vida? Quem fez esses limites? Que áreas da sua vida precisam da Medidora?



Na cor laranja você encontra a Protetora, no terceiro pátio externo. Ela protege os limites que a Medidora estabeleceu, surgindo para proteger a Criação. Seus símbolos são o Arco e o Escudo. Seja como guerreira, parteira ou protetorada infância, esta face da Deusa é a que surge da maternidade e da necessidade de defesa dos filhos. São Protetoras Modron, Durgha, Sekhmet, Atena e Artemis.

- Medite: descreva sua protetora ideal. Liste as pessoas que oprotegeram ao longo da vida. E as que você protegeu. De que forma você precisaser protegido? E como oferece proteção aos outros?


No amarelo você penetra no primeiro pátio interno, que é o da Iniciadora. Como diz seu nome, Ela fornece a possibilidade da iniciação nos mistérios, mas exige uma profunda transformação, que implica em um verdadeiro renascimento. Seus símbolos são o Caldeirão e a Caverna. São exemplos de Iniciadoras Cerridwen, Deméter, Ísis.
- Medite: o que você imagina que se esconde para você atrás da porta dos mistérios? Por quais iniciações já passou em sua vida? Quais os iniciadores que conheceu, em todos os campos.



No vermelho você conhece a Desafiadora, no segundo pátio interno. Ela é a ceifadora implacável de tudo que não tem função, das estruturas, idéias, crenças, hábitos e pensamentos que não cabem mais na sua vida. Seus símbolos são a Caveira e o Labirinto do renascimento. São Desafiadoras: Morrigan, Cailleach, Chinamasta, Ereshkigal.

- Medite: Quais os desafios que a vida lhe oferece? Você vê os obstáculos como algo a ultrapassar? Quais os padrões repetitivos que a vida vive jogando em cima de você?



A Libertadora vem a seguir, com a cor violeta e o terceiro pátio interno. Os processos da Iniciadora e da Desafiadora nunca se concluem sem dor, assim, a Libertadora vem nos livrar da lembrança dolorosa, nos colocando em seu símbolo, a Crisálida de onde surge uma Mariposa, bem como nos mostrando o símbolo da Corrente partida, que nos desconecta de nossas limitações do passado. Ela explora plenamente a natureza do sacrifício (tornar sacro), tornando todas as coisas sagradas, religando-as a seu objetivo original. São Libertadoras Rhiannon, Perséfone e Inanna.



Com o anil entramos no primeiro pátio da sabedoria, o da Tecelã. Este é o reino da Deusa que tece a teia da vida, quer como a Mulher Aranha, que tece a teia de tudo o que existe e interliga os seres nela, quer como a bruxa, Senhora da Magia, que molda o mundo. A Tecelã tem por símbolos a Máscara (porque se apresenta mutável) e a Teia de Aranha. É Ela que fala pelos oráculos, que ensina o poder da magia e a responsabilidade com o uso deste. São tecelãs Arianhrod, Hécate e Ísis.

- Medite: Para onde você direciona seus poderes criativos? Que máscaras você usa no mundo? Como usaria seus poderes mágicos? Em que áreas da sua vida você sofre mais decepções consigo mesmo?



No verde conhecemos o segundo pátio da sabedoria, que pertence à Preservadora. Ela fala dos modos como nos nutrimos e preservamos nosso lares e nosso fogo interior. Ela é a Senhora dos Grãos, a Terra verde e plena de frutos, a cornucópia inesgotável, Senhora do fogo das lareiras. Seus símbolos são um pote cheio de grãos e a fogueira. São Preservadoras: Héstia, Ceres, Vesta, a Mãe do Milho.

- Medite: o que mantém sua vida, do ponto de vista físico, mental, criativo, emocional e espiritual?



As contas brancas nos conduzem ao ultimo dos pátios antes de retornarmos ao coração da Criadora de Tudo. É a sala Daquela que Dá Poderes, cujos símbolos são um espelho e um cachimbo. Essa face é a da Senhora da Compaixão e aceitação de todos os seres. Ela nos torna conscientes de nossos dons, fazendo com que aflorem no serviço da Deusa. Ela é a Deusa agindo no mundo. Pertencem a essa face Kwan-Yin, Ísis, Lilith, Brighid e a Mulher Búfalo Branco.

- Medite: quais são seus tesouros? Que dons você tem e não exercita? De que forma você dá ou tira poderes de si mesmo?




O Rosário da Deusa é um trabalho rico e depois de se conhecer cada face e construir o templo interior, se pode realizar uma variedade grande de estudos revendo cada face e conectando-a com as outras. É um trabalho profundamente transformador, se feito em uma dimensão mágica.

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Abençoando a si mesmo.



Pode-se usar água - "lunarizada", de fonte ou da chuva - ou essência - do seu signo ou da Deusa escolhida.

À medida que recita em voz alta as seguintes invocações, toque cada parte de seu corpo, sentindo seu poder de mulher sendo restabelecido.

Toque seus olhos:- "Abençoe, Mãe, meus olhos, para ter visão clara".

Toque sua boca:- "Abençoe, Mãe, minha boca, para falar a verdade".

Toque seus ouvidos:- "Abençoe, Mãe, meus ouvidos, para ouvir tudo que está sendo dito para mim".

Toque seu coração:- "Abençoe, Mãe, meu coração, para preencher-me com amor".

Toque seu ventre:- "Abençoe, Mãe, meu ventre, para poder conectar-me à energia curativa do Universo e fortalecer minha criatividade e sexualidade".

Toque seus pés:- "Abençoe, Mãe, meus pés, para poder caminhar na minha verdadeira senda e voltar a Ti ".

Retirado do " Anuário da Grande Mãe " - Mirella Faur

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Quem me Acompanha

Livros que Aconselho

  • A Agenda Pleiadiana de Barbara Hand Clow
  • A Arte da Guerra de Sun Tzu
  • A Chave do Grandes Mistérios de Éliphas Lévi
  • A Ciência dos Espíritos de Éliphas Lévi.
  • A Dança Cósmica das Feiticeiras de Starhawk, Gui de Rituais para Celebrar a Deusa
  • A Décima Profecia de James Redfield
  • A Profecia Celestina de James Redfield
  • A Reencarnação de Papus
  • As Brumas de Avalon de Marion Zimmer Bradley
  • Brida de Paulo Coelho
  • Como Trabalhar Intuitivamente com os Símbolos de Helmut Hofmann
  • Dogma e Ritual de Alta Magia de Éliphas Lévi
  • Luz Emergente de Barbara Ann Brennan
  • Mensagens do Astral de Ramatis
  • Mistérios Nórdicos de Mirella Faur
  • Mãos de Luz, Um guia para a cura através do campo de energia humana, de Barbara Ann Brennan
  • O Arcano dos 7 Orixás de F. Rivas Neto
  • O Caminho do Amor de Osho
  • O Guia da Tradição Wicca para Bruxos Solitários de Raymond Buckland
  • O Mundo dos Anjos e os Devas de Michael Coquet
  • O Poder da Bruxa de Laurie Cabot, A Terra, A Lua e o Caminho Mágico Feminino
  • O Poder do Subconsciente de Dr. Joseph Murphy
  • O Significado da Bruxaria de Gerald Gardner
  • O Tao da Física, Um paralelo entre a física moderna e o misticísmo oriental, de Fritjof Capra
  • Reiki Essencial de Diane Stein
  • Rituais Celtas de Andy Baggott
  • Umbanda a Protossíntese Cósmica de F. Rivas Neto
  • Umbanda Sagrada de Rubens Saraceni
  • Wicca, A Grande Arte da Bruxaria Verde de Ann Moura (AOUMIEL)

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